"Os gregos não consideravam o 1, ou a unidade, um número. Diziam, simplesmente, que ele era o gerador dos outros números.
A respeito do 2 os gregos tinham dúvidas. Seria um número? Apesar disso, era considerado feminino, tal como todos os números pares, por representarem elementos do corpo da mulher, como os dois seios ou os dois ovários etc.
Para muitas culturas o número 3 simbolizava a perfeição. Os pitagóricos afirmavam que 3 era o primeiro número - ele tinha começo, meio e fim, personificando a harmonia e a totalidade. Como todos os números ímpares, era considerado masculino. No cristianismo Deus é concebido como uma trindade. O triângulo, representação geométrica do número 3, também está ligado à ideia de perfeição.
O número 4 representava o mundo terreno. Quatro são os pontos cardeais e quatro são os "elementos": terra, ar, fogo e água. O quadrado, representação geométrica do número 4, também simbolizava a perfeição e a continuidade, pois nunca está voltado para baixo e de qualquer lado que é visto é sempre o mesmo.
O número 5 era associado pelos pitagóricos ao casamento, por ser a soma do primeiro par, o número 2, e o primeiro ímpar, o número 3.
O número 6 era considerado um número perfeito porque Deus, segundo a Bíblia, criou o mundo em seis dias.
O número 7, o resultado da adição do número divino 3 e do número humano 4, era identificado com os sete planetas então conhecidos e, também, com os dias da semana.
O número 10 ou tetractyz rivalizava com o 3 em termos de perfeição e representava o número do universo.
Também o número 12 tem seus atributos por ser o produto entre o número divino e o número terreno 4. Doze são as horas do dia, os meses do ano e os signos do Zodíaco."
Fonte: A história do números - Hélio Gordon
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